Na mão de quem sabe, seguindo o dom, a ciência e a ancestralidade!! Respeito as parteiras e ao seu conhecimento tradicional!!


No Brasil onde as praticas de saúde tem o modelo biomédico como hegemônico, em que tem na figura do profissional medico como o sabedor e detentor do conhecimento, é difícil garantir a pratica de outros cuidados de saúde  integral e humanizado inclusive os tradicionais frente a fragmentação e medicalização da atenção. O reconhecimento tradicional como parte integrativa da atenção a saúde vai na contramão do modelo hospitalocnetrico, especialmente na medicalização do parto. Sabemos do aumento do numero de cesária  (intervenção que só pode ser realizada pelo medico(a)) no País e ao mesmo tempo se reconhece que intervenções realizadas com outras profissionais como enfermeira obstetra e obstetriz  e por parteiras tradicionais reduz severamente o risco de morte materna. Então precisamos avançar neste agenda por uma saúde integral, pela qualidade de vida das mulheres!!!

"Em nível global, as mortes maternas diminuiram quase à metade nas últimas duas décadas. No mesmo período, o atendimento especializado ao parto aumentou cerca de 15%, com 2 de 3 partos ao redor do mundo sendo agora atendidos por um(a) profissional especializado(a) de saúde. Com pouco mais de 600 dias restantes para o prazo final dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs), novos esforços são necessários para intensificar as ações de educação de parteiras e parteiros profissionais e outros profissionais com habilidades obstétricas, que têm custo-benefício positivo. Tais investimentos são críticos para acelerar os esforços na melhoria da saúde materna e para o alcance do ODM 5, um dos objetivos mais distantes de ser atingido" (UNFPA).
"O acesso aos cuidados de saúde de qualidade é um direito humano básico. Cerca de 40 milhões de mulheres ainda dão a luz sem cuidados especializados, aumentando o risco de morte e invalidez tanto para a mãe quanto para o bebê. Mais do que nunca, o mundo precisa agora de parteiras e parteiros. Investimentos nesses profissionais podem ajudar a evitar o significativo número de aproximadamente 290 mil mortes maternas e 3 milhões de mortes de recém-nascidos que ocorrem todos os anos devido à falta de profissionais de saúde bem formados e regulamentados, além de instalações adequadas. E parteiras ou parteiros ajudam mais do que o nascimento dos bebês: elas e eles também fornecem informações e serviços em saúde reprodutiva, incluindo cuidados no pré-natal e pós-natal e planejamento familiar" (UNFPA).
UNFPA - Fundo de População das Nações Unidas
Leia mais: 

Mensagem para o dia Internacional das Parteiras e Parteiros Profissionais 2014



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Postado por Emanuelle Goes no População Negra e Saúde em 5/05/2014 06:11:00 PM