21 de janeiro, Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa



Em 21 de janeiro, Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, somos conclamados a refletir sobre um direito previsto na Declaração Universal de Direitos Humanos, reiterado em nossa Constituição Federal mas, no entanto, violado diuturnamente. Trata-se do direito à liberdade de crença, de professar uma fé, uma religião. Desde 2007, o calendário oficial brasileiro nos lembra que em 2000, no dia 21 de janeiro, faleceu a ialorixá Gildásia dos Santos e Santos, a Mãe Gilda do terreiro Axé Abassá de Ogum, na Bahia, vítima de intolerância por ser praticante de religião de matriz africana.

Em um país composto por uma diversidade de culturas que contribuíram para o seu processo civilizatório, ainda é desigual o tratamento conferido a cada uma delas. Uma situação que se agrava quando posto sob ameaça um dos princípios fundamentais de nossa República: a laicidade. O momento é de união de forças, de ampliação do diálogo inter-religioso para fazer jus ao estabelecido constitucionalmente, que é uma das prerrogativas de um Estado que se quer democrático, cultivando a paz entre os seus cidadãos.  

Há datas para celebrar fatos que nos orgulham como Nação. Outras para comemorar feitos que nos edificam enquanto brasileiros. Existem também aquelas, como o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, que nos convocam à luta pela igualdade, por uma sociedade mais fraterna, em que o respeito seja imperativo a uma convivência entre os diferentes, que assim tornam-se unidade no amor.

Mãe Gilda, presente!

Observatório Racial Dom José Maria Pires
Comissão Brasileira Justiça e Paz 


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