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Brasil registrou uma queda de 43% na proporção de mortes de mulheres
vítimas de complicações durante a gravidez ou o parto entre 1990 e 2013,
em linha com a redução da mortalidade materna no mundo.
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Postado por Blogger no Direitos Sexuais e Reprodutivos das Mulheres no Mundo em 5/06/2014 05:01:00 PM
No período, a taxa de mortalidade caiu de 120 mães por 100 mil nascidos
vivos, em 1990, para 69 mães por 100 mil nascidos vivos em 2013 ─ os
últimos dados disponíveis.
Uma tendência similar foi observada no mundo. Nas últimas duas décadas, a
proporção de mortes de mulheres por complicações durante a gravidez ou o
parto teve queda de 45%, passando de 380 mães por 100 mil nascidos
vivos para 210 mães por 100 mil nascidos vivos.
Segundo a OMS, em 2013, ocorreram 289 mil mortes desse tipo. Desse
total, 62%, ou 179 mil mortes, foram registradas na região da África
Subsaariana, seguida pelo Sul da Ásia, com 24%.
Juntos, dois países respondem por um terço dos óbitos de mulheres
gestantes ou no parto no mundo em números absolutos: a Índia, com 17%
(50 mil), e a Nigéria, com 14% (40 mil).
Por outro lado, proporcionalmente, Serra Leoa lidera a lista, com 1,1
mil mortes de mães por cada 100 mil nascidos vivos, seguida do Chade
(980); República Centro-Africana (880), Somália (850) e Burundi (740).
Ricos x pobres
O relatório também destaca que a mortalidade nos países em
desenvolvimento (230) é 14 vezes maior do que a das regiões
desenvolvidas (16).
Além disso, o risco de que a mulher morra durante o parto ou gravidez também é superior nas regiões mais pobres do globo.
Se nos países ricos, a estimativa é de que uma mulher morra a cada 3,7
mil, nos países em desenvolvimento, essa proporção é de 1 a cada 160.
Casos de sucesso
Apesar de elogiar o esforço dos governos em diminuir a mortalidade
materna, a OMS lembra, no entanto, que nem todos os países devem
conseguir cumprir as metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio,
um conjunto de compromissos adotados em 2000 para melhorar o destino da
humanidade.
Um deles se referia à saúde da mulher e estipulava uma diminuição de 75%
entre 1990 e 2015 na taxa de mortalidade de mulheres durante gravidez
ou parto.
Belarus (queda de 96%) Maldivas (-93%) e Butão (-87%) são os países que
lideraram a queda desse tipo de mortalidade entre 1990 e 2013.
Segundo a OMS, embora o ritmo do declínio no período tenha sido mais
lento quando comparado com períodos anteriores, uma análise dos dez
países que mais obtiveram progresso mostra "um padrão nas estratégias
conduzidas pelos governos", como, por exemplo, novos procedimentos de
parto.
Em Ruanda, um dos países mais pobres da África, o governo instruiu
profissionais de saúde pública e voluntários para priorizar os casos
mais urgentes da população, acrescenta o relatório.
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Postado por Blogger no Direitos Sexuais e Reprodutivos das Mulheres no Mundo em 5/06/2014 05:01:00 PM
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